Quem somos
Nossa história
Segundo o historiador Pedro Koff, que em 1976 contou a história do Aliança.
“O burgo cresceu, progrediu. Tornou-se vila. Surgiram as camadas sociais e com elas as aspirações do povo em torno de uma união que norteasse a comunidade em suas relações afetivas, fraternas e de compreensão mútua.
Em princípios do século XX, nasce o Clube Progresso. Duas correntes de seu departamento feminino se rivalizam e desta cisão, fundam o CLUBE DAS ROSAS e o CLUBE DAS VIOLETAS. O primeiro funcionava nas dependências do Hotel Central, de propriedade de Elmilio Torriani, localizado, então, onde hoje é o prédio residencial ao lado do Clube Aliança, esquina com a rua Júlio de Castilhos. O segundo funcionava num prédio assombrado que foi demolido posteriormente onde se ergue o edifício Pozza, na esquina da Rua Saldanha Marinho com a Marechal Deodoro.
As atividades sociais eram, em parte prejudicadas pela emulação entre os dois grupos. Elementos cordados, pertencentes a ambas facções, sugeriram a conciliação dos dois blocos, para se constituírem num único clube que significativamente, seria denominado ALIANÇA. A proposta foi acolhida por unanimidade, com condição, entretendo de ser preservada a existência de dois grêmios. O passo inicial para a unificação estava dado. Realizou-se a primeira reunião e , na mesma oportunidade, 33 cidadãos fundam o “CLUBE DRAMATICO DIVERSSOES E PROGRESSO, denominado ALLIANÇA”.
Constituída a entidade, a diretoria de imediato entra em contato com Elmilio Torriani, proprietário do prédio onde os associados se reuniram e convencionam com o mesmo a locação, de um dos amplos salões em que funcionava o Hotel Central. Pelo período de um ano, mais ou menos, o Alliança manteve a sua sede no referido local. Todavia, por razões de economia, o secretário do Alliança, João Salton, ofereceu sua residência, independente de pagamento de qualquer aluguel, para o funcionamento provisório dos serviços do escritório da Diretoria. O Clube frequentemente realiza promoções sociais e festivas de arte, sempre coroadas com êxito. Os associados sentem a necessidade de ter uma sede própria em 22 de novembro de 1908 reúnem-se em Assembleia Geral e decidem adquirir da viúva Maria Ponticelli, pelo preço de sete contos de réis, um terreno medindo 14 metros de frente por 26 ditos de frente a fundos e que se destinaria para nele ser erguido o edifício social. No dia, 04 de abril de 1909 é lançada com grande solenidade a pedra fundamental do Clube Aliança.
Mas a pequena vila do inicio do século cresce e se dinamiza. O Clube Aliança, acompanhando o progresso empenha-se em oferecer aos seus associados, atrações e benefícios condizentes com o desenvolvimento local. Em 13 de agosto de 1911, foi inaugurado o Cinema e Teatro Aliança de propriedade de Noé Ponticelli e seu cunhado Herminio Grande que oferecem novas alternativas aos sócios. A sede do Clube, porém, é modesta e não oferece possibilidade de reformas de vulto. A solução torna-se um desafio a mais para os sócios e para a Diretoria. Em março de 1931, sob a presidência de Ludovico André Giovannini, realizava-se a sessão normal estatutária da Diretoria do Aliança, na espécie de “água-furtada” que servia de Secretaria do Aliança. Estavam presentes Antonio Baldi, Arlindo Fasolo, Jose Fasolo, Carlos Dreher neto, Erny Hugo Dreher, Armindo Basso e Pedro Koff. Na agenda dos trabalhos figurava como matéria especial, o assunto; nova sede. Muitas sugestões foram debatidas. Afinal decidiu-se pela mais plausível: pleitar junto a Prefeitura Municipal a área necessária de um terreno baldio e que se presumia pertencer a municipalidade, exatamente no local onde hoje se ergue o Aliança. O secretario Pedro Koff, foi o encarregado de redigir a petição.
No dia seguinte, novamente reunidos, os membros da Diretoria aprovaram, com pequenas modificações, o teor da solicitação a ser encaminhada ao senhor Prefeito Municipal, Dr Olinto Fagundes de Oliveira Freitas. O prefeito após inteirar-se do memorial, declarou ser justa a aspiração do Aliança e que recebia com simpatia , prometendo encaminhar o pedido ao Conselho Consultivo do Estado, com parecer favorável, pois com a dissolução dos Conselhos Municipais, pelo Governo provisório da Revolução, cabia aquele órgão a decisão sobre atos administrativos dos municípios. Após dois meses de espera, o Prefeito comunica a Diretoria do Aliança haver o Conselho deferido o que havia sido postulado. Surge, porém, o primeiro obstáculo: a Municipalidade não tinha o titulo da posse e domínio sobre o terreno, apesar de ocupá-lo, mansa e pacificamente, sem interrupção, há mais de trinta anos. Este pequeno percalço não desanima a Diretoria do Clube que previamente, visando interromper a prescrição ou eventual anulação da doação do terreno, imite-se na posse e funda os alicerces da construção, cujo anteprojeto havia sido esboçado, açodadamente, “em cima da perna”, por Arlindo Fasolo. Porém, a legalização da posse do imóvel torna-se imprescindível e urgente.
Com o Coronel Arlindo Franklin Barbosa, Prefeito Municipal que ratifica e endossa o ato de doação de seu antecessor, Olinto Fagundes de Oliveira Freitas, o Clube consegue, por fim, QUE A Municipalidade promova uma ação de usucapião sobre a referida área de terras. Em 05 de dezembro de 1935, o feito ingressa em juízo, o qual, entretanto, em 23 de março de 1936 é contestado por Emilio Torriani, um dos confrontantes do imóvel em litígio. Era mais um empecilho a obstruir os propósitos do Aliança. Diligente e ativa a Diretoria buscou remover as dificuldades e encontra a melhor boa vontade por parte do contestante e com o qual convenciona, mediante certas condições, a suspensão da ação, circunstância esta que oportuniza a Prefeitura a formalizar o termo de cessão de direitos de ação em que era autora em favor do Clube Aliança.
O feito prossegue em seus termos legais e, finalmente, por sentença de 11 de novembro de 1936, o DR. Aguinaldo da Silva Leal, Juiz de Direito transitada em julgado em 24 do mesmo mês e ano é declarado o “Domínio da Cessionária Sociedade Civil Clube Aliança” do imóvel em referência, cuja carta de usucapião, foi transcrita no Registro de Imovéis desta cidade em 21 de agosto de 1942.
Finalmente, o Clube Aliança, poderia prosseguir na execução de seus planos com tranquilidade e segurança, pois era possuidora inconteste do valioso patrimônio e encontrava-se habilitada a realizar a operação de crédito para término das obras de construção. Depois de longo tempo e de incessantes trabalhos, finalmente, em 14 de dezembro de 1946, sob a presidência de Roberto Fasolo, o Clube Aliança, inaugura sua nova sede social com um grande baile, conforme algumas fotografias que publicamos nas páginas seguintes. Embora este grande trabalho, não cessam, contudo o espírito de progresso e evolução dos aliancistas. Em fins de 1950, numa das gestões de Luduvico André Giovannini, são adquiridos de Dona Julia Torriani, seis metros de terreno baldio que separam o terreno do Clube Aliança e o terreno pertencente à Caixa Econômica Federal. Foi esta pequena, mas valiosa faixa de terras que proporcionou o prolongamento do corpo principal do edifício, constituindo-se, no que é, hoje, a entrada principal de acesso às dependências do Clube Aliança.
Diretoria Conselho Executivo Gestão 2022/2024
Presidente: José Antônio Francio
1º Vice Presidente: Silvia Aibel Perusso
2º Vice Presidente: Ítalo Vargas Michelin
Tesoureiro: Jucimara Paese Linck
Secretária: Giovanna Poletto Dall Agnol
Ao longo deste século de existência, o Clube Aliança obteve grandes vitórias projetando Bento Gonçalves e buscando sempre a união de todos em torno do Clube Aliança que é hoje patrimônio de todos nós.